GOVERNO PEDE “VIGILÂNCIA E UNIÃO” PELA PAZ EM CABO DELGADO

O ministro da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos de Moçambique, Mateus Saize, pediu “vigilância e união inabaláveis” entre os moçambicanos para travar os ataques terroristas e garantir a paz em Cabo Delgado.

“A instabilidade semeada pelo terrorismo em Cabo Delgado, com a sua violência destrutiva e luto, clama por uma vigilância e união inabaláveis para que a nossa paz, alcançada com sacrifício, seja preservada”, disse o ministro da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos de Moçambique, Mateus Saize.

O responsável falava no sábado (04.10) na Praça da Paz, em Maputo, onde orientou as cerimónias das celebrações da assinatura do Acordo Geral de Paz (AGP) em 04 de outubro de 1992, marcando o fim do conflito entre as forças governamentais e a Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO).

Nas suas declarações, o governante prometeu esforços contínuos do Governo para acabar de vez com a insurgência, pedindo apoio das religiões e da sociedade civil na resolução deste problema.

“A vossa mensagem tem um poder imenso, uma força que se deve usar para semear a tolerância, a paz, a justiça”, disse o ministro, dirigindo-se aos religiosos.

Também o ministro da Defesa moçambicano, Cristóvão Chume, apelou a esforços sobretudo das organizações da sociedade civil no combate ao extremismo violento em Cabo Delgado.

“A questão de combate ao terrorismo em Cabo Delgado não pode ser só das Forças de Defesa e Segurança, elas estão a fazer a sua parte naturalmente, dia-a-dia, mas existe o resto da comunidade nacional que tem que continuar preocupada, a investir no seu conhecimento, nas suas capacidades, para que possamos diminuir o impacto do terrorismo em Cabo Delgado”, disse o ministro da Defesa.

As agências das Nações Unidas relataram que quase 22 mil pessoas fugiram de três distritos de Cabo Delgado, incluindo Mocímboa da praia, de 19 a 26 de setembro, devido ao recrudescimento dos ataques, que em oito anos já provocaram mais de um milhão de deslocados, segundo estimativas oficiais.

Só em 2024, pelo menos 349 pessoas morreram em ataques, no norte de Moçambique, a maioria reivindicados pelo grupo extremista Estado Islâmico, um aumento de 36% face ao ano anterior, segundo dados divulgados.

Fonte: DW

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