O governo anunciou a implementação de um plano estratégico para reduzir a desnutrição crónica e aguda e combater a insegurança alimentar em Cabo Verde. A iniciativa pretende ainda melhorar a literacia nutricional dos trabalhadores e integrar a abordagem de “uma só saúde”, que considera aspectos ambientais, de saúde veterinária e humana.
Gilberto Silva adiantou durante a Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, que Cabo Verde enfrenta a problemática da obesidade, que afeta sobretudo crianças e grávidas e da subnutrição em várias camadas da população. Nesse sentido, explicou que está em curso um plano de médio e longo prazo para colmatar esses desafios.
Conforme indicou, a meta do governo é reduzir a desnutrição crónica e aguda, a insegurança moderada e grave, e também, e melhorar a literacia dos cabo-verdianos em matéria de nutrição. Um dos pontos centrais do plano é a territorialização das metas, através da criação do Fórum Municipal para a Segurança Alimentar e Nutricional.
Por sua vez, o consultor da FAO observou que o país tem demonstrado avanços notáveis em matéria de segurança alimentar, podendo, contudo, alcançar uma consolidação mais sólida até 2035.
Além disso, o governo reforçará medidas de coesão territorial, inclusão social e redução da pobreza absoluta, com o objetivo de eliminar a pobreza extrema.
O ministro sublinhou ainda os progressos alcançados em indicadores de saúde e nutrição, como a redução da anemia ferropriva, de 52,4% em 2009 para 43% em 2018, e a desnutrição crónica que passou de 32% em 1985 para 12,6% em 2024, demonstrando uma melhoria considerável.
Indicou a prevalência do aleitamento materno exclusivo que também sofreu melhorias nos últimos anos, 42% em 2013 para 52% em 2023.
Gilberto Silva alertou que os desafios persistem, especialmente no combate à insegurança alimentar moderada e grave, apesar dos dados apontarem uma redução de 41% em 2018 para 32% em 2024.
Redação Tiver