A propósito do veleiro que foi interceptado, recentemente, com drogas na Zona Económica Exclusiva de Cabo Verde e que culminou com a apreensão também de dinheiro e na detenção de dois portugueses e um marroquino, a Guarda Costeira revelou estes dias pormenores da operação. Segundo a mesma fonte, tratou-se de uma operação conjunta entre Cabo Verde e Mauritânia, devidamente planeada e articulada entre o COSMAR e a PJ que depois culminou com a intercepção e apreensão da referida embarcação e tripulação.
A operação, teve início após a partilha de inteligência pela Polícia Judiciária, resultante de troca de informações com parceiros internacionais. Estes dados, informa a Guarda Costeira, foram, então, integrados nos processos de análise e foi feita a correlação de contactos e monitorização contínua, em operações conduzidas pelo COSMAR, permitindo projetar rotas prováveis, identificar janelas de passagem e acompanhar alvos com relevância operacional.
Como explicam, o sucesso da apreensão resultou de um longo processo de planeamento. “Para assegurar uma coordenação eficiente e tomada de decisão integrada, foi ativada no COSMAR uma equipa conjunta COSMAR–PJ, que desde 7 de novembro se reuniu diariamente para planear, coordenar e dirigir a operação. No quadro da cooperação internacional foi solicitado pelas autoridades competentes o empenho do Navio de Transporte e Desembarque “Nimlane”, da Marinha da Mauritânia, que se encontrava em Mindelo no âmbito do exercício “Grand African Nemo 2025”.
Foi então que a bordo do navio mauritano foi embarcada uma equipa de Fuzileiros do Pelotão de Abordagem da Guarda Costeira, juntamente com inspetores da PJ, para executar a intercepção. A embarcação-alvo foi localizada e interceptada a cerca de 180 milhas náuticas a leste da ilha de Santiago, dentro da ZEE de Cabo Verde.
Após a abordagem, a Guarda Costeira explica que o veleiro foi escoltado até ao Porto da Praia, onde a PJ prosseguiu então as buscas.
Como já havíamos noticiado a operação resultou na detenção, em flagrante delito, de três indivíduos e na apreensão do veleiro, de numerário em euros e reais, equipamentos de navegação, telefones satélite e outros meios de prova.
Esta operação, afirma a Guarda Costeira, reforça a eficácia da cooperação a nível de “interagências nacionais e o elevado nível de interoperabilidade com parceiros internacionais”.
Fonte: Guarda costeira // Redação Tiver