GUTERRES APELA “MÁXIMA CONTENÇÃO” NO MÉDIO ORIENTE

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, pediu “contenção máxima” durante a reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU na noite de domingo, convocada após o ataque iraniano contra Israel.

“É tempo de recuar da beira do precipício. É vital evitar qualquer ação que possa levar a grandes confrontos militares em várias frentes no Médio Oriente. Os civis já estão a suportar o peso e a pagar o preço mais elevado. E temos a responsabilidade comum de envolver ativamente todas as partes interessadas para evitar uma nova escalada [da guerra]”, declarou Guterres.

O secretário-geral da ONU reforçou que a paz e a segurança regionais estão a ser minadas e que nem a região, nem o mundo, podem permitir-se mais guerras.

O ex-primeiro-ministro português sublinhou também que o Direito internacional proíbe “ações de retaliação que incluam o uso da força”. O aviso parece parece dirigido tanto ao Irão – que justificou o ataque de sábado como um ato de retaliação pelo bombardeamento do seu consulado em Damasco – quanto a Israel, que disse que se reserva o direito de resposta aos ataques iranianos.

Guterres insistiu ainda na “responsabilidade comum” que a comunidade internacional tem para evitar uma escalada entre o Irão e Israel, alcançar um cessar-fogo em Gaza, garantir a libertação dos reféns detidos pelo Hamas e prevenir uma deterioração da situação na Cisjordânia.

Já o embaixador israelita na ONU, Gilad Erdan, exigiu que o Conselho de Segurança condene veementemente o ataque e avance com medidas contra o Irão, incluindo a designação do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica como organização terrorista, e imponha sanções.

O Irão lançou na noite de sábado e madrugada de domingo um ataque contra Israel, com recurso a mais de 200 drones, mísseis de cruzeiro e mísseis balísticos, a grande maioria intercetados, segundo as forças israelitas.

O ataque surgiu depois de um bombardeamento ao consulado iraniano em Damasco, no início de abril, que matou sete membros da Guarda Revolucionária e seis cidadãos sírios, acentuando as tensões entre Teerão e Telavive, que se agravaram nos últimos tempos pela ofensiva de Israel na Faixa de Gaza.

Fonte: Euronews

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