HOMICÍDIO RELANÇA DISCUSSÃO SOBRE SEGURANÇA NA PRAIA

A capital do país está fora das listas de lugares célebres pela criminalidade, mas o tiro pelas costas que a meio de agosto matou uma adolescente de 16 anos, numa rua da cidade da Praia, reacendeu a discussão interna. No quotidiano, há uma perceção de insegurança entre os moradores.

Mas desengane-se quem pensa que a criminalidade é um exclusivo de bairros periféricos como aquele, com menos recursos, porque os dados das autoridades mostram que as zonas centrais e abastadas são as que têm mais participações, refere José Rebelo, académico e auditor de segurança interna.

A mais recente vítima da criminalidade, Nilsa Lima, foi alvejada nas costas, “quando tentava fugir de uma investida perpetrada por dois indivíduos” de 19 e 22 anos, residentes em Vila Nova, bairro vizinho, que se encontram em prisão preventiva.

Nas ruas fala-se de rivalidade entre grupos, como já há mais de uma década existia na Ponta D’Água, e delinquência pura, com acesso ilegal a armas.

O tema da segurança ainda não tinha arrefecido: em 28 de maio, Manuel Moura, deputado do MPD, foi baleado, surpreendido por um assalto à porta de casa em Terra Branca.

Em relação a estes crimes, no ano judicial 2020/21, o Ministério Público movimentou 46 processos de homicídios simples e agravados, uma descida face a 63 no ano anterior.

O assunto foi ao parlamento em junho e o ministro da Administração Interna, Paulo Rocha, disse que “o Governo está empenhado em reforçar a segurança”.

Em fevereiro, o Tribunal da Praia decretou a prisão preventiva para 44 suspeitos detidos numa megaoperação conjunta da Polícia Nacional e da Polícia Judiciária visando a criminalidade na capital.

Fonte: Lusa // Ad:Redação Tiver

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