A presidente do ICCA, afirmou no âmbito do Atelier de Socialização do II Plano Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil, que se trata de um plano intersetorial, por reconhecer que a questão do trabalho infantil é transversal e afeta diversas áreas. Zaida Freitas, destacou que apesar de ser uma preocupação global, Cabo Verde não apresenta dados alarmantes em comparação a outros países, especialmente de outros continentes.
Zaida Freitas abordou a questão dos trabalhos remotos, destacando que, embora sejam realizados a partir de casa, é importante estar atento, pois pode haver crianças envolvidas nessas atividades. Ressaltou também a necessidade de monitorar de perto essa prática, para garantir que não haja exploração infantil nesse contexto.
A presidente do ICCA mencionou que o objetivo desses planos é abordar as dimensões emergentes que vão surgindo, além de considerar os indicadores analisados na apresentação dos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) em Cabo Verde. Enfatizou ainda a importância de adaptar as estratégias às novas realidades e aos desafios que aparecem ao longo do tempo.
Por outro lado, a Coordenadora Residente do Sistema das Nações Unidas em Cabo Verde, Ana Patrícia Portela, considerou o momento como muito importante, destacando que Cabo Verde tem uma comissão dedicada à questão da prevenção do trabalho infantil. Segundo a mesma fonte, o trabalho infantil é inaceitável, e as crianças que ainda se encontram trabalhando devem ser retiradas dessas situações e inseridas no ambiente escolar, pois o lugar das crianças é na escola.
Por fim, Zaida Freitas concluiu que, embora seja natural que as crianças realizem tarefas domésticas, isso deve ocorrer dentro de um limite, de acordo com a idade da criança. No entanto, quando se trata do uso de materiais perigosos, enfatizou que as instituições devem intervir de forma firme, garantindo que as crianças não sejam expostas a situações que comprometam sua segurança e bem-estar.
Redaçao Tiver