Cabo Verde atingiu 38% de representação feminina no Parlamento nacional, segundo dados apresentados durante a Jornada de Reflexão sobre Género e Política. O encontro, realizado no Dia Internacional da Democracia, celebrado a 15 de setembro, teve como objetivo promover o diálogo sobre a participação política na perspetiva do género e traçar estratégias para uma democracia mais inclusiva, plural e paritária.
A Jornada de reflexão sobre o género e politica, teve como objetivo promover o diálogo sobre a participação política sob a perspetiva do género e pensar estratégias para uma democracia mais inclusiva, plural e paritária em Cabo Verde, além de dar voz a outros grupos sub-representados, como jovens, pessoas com deficiência e emigrantes.
Apesar da presença das mulheres nos espaços de decisão ter aumentado, ainda há barreiras significativas que precisam ser enfrentadas. Entre elas, a dificuldade de conciliar responsabilidades familiares com a vida política e os vários relatos de violência simbólica, verbal e até pessoal que as mulheres enfrentam ao assumir cargos públicos e políticos.
Dados recentes revelam que, embora a média mundial de representação feminina nos parlamentos seja de 21%, Cabo Verde atingiu 38% após a aplicação da Lei da Paridade em 2019. No poder local, os números são ainda mais expressivos: 50% das presidências das assembleias municipais, 52,9% de deputados municipais são ocupados por mulheres. Marisa Carvalho destacou a importância de continuar a chamar a atenção da sociedade para o papel das mulheres na política, lembrando que, segundo a Comissão Nacional de Eleições, as mulheres são as que mais votam e, por isso, têm grande influência nas decisões eleitorais.
A jornada marcou o início de um ciclo de encontros em todo o país, que pretende fortalecer o papel das mulheres e de outros grupos sub-representados na construção de uma democracia mais justa e representativa.
Redação Tiver