Israel concordou com uma série de pausas nos combates na Faixa de Gaza, permitindo que milhares de crianças sejam vacinadas contra a poliomielite. O anúncio foi feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS), depois de um bebé ter contraído a doença, pela primeira vez, em 25 anos no território palestiniano.
Estas “pausas humanitárias”, como são descritas pela OMS, vão acontecer durante três dias, em diferentes zonas do território. A campanha de vacinação terá início no domingo, dia 1 de setembro, no centro de Gaza e será levada a cabo em conjunto com a UNICEF, a UNRWA e parceiros locais.
“Penso que este é o caminho a seguir. Não vou dizer que é o caminho ideal, mas é um caminho viável. Não fazer nada seria muito mau, temos de parar esta transmissão em Gaza e temos de evitar a transmissão fora de Gaza”, disse Rik Peeperkorn, representante da OMS nos territórios palestinianos.
Peeperkorn referiu, ainda, que a OMS pretende vacinar 640.000 crianças com menos de 10 anos.
“Sabemos que, com este tipo de surtos de poliomielite, o vírus da poliomielite tipo 2 derivado da vacina em circulação, é necessário vacinar pelo menos 90% das crianças para parar a transmissão. E é nisso que estamos concentrados. Por isso, se não vacinarmos o suficiente, não estamos a parar a transmissão”, explicou Peeperkorn.
Apesar dos combates pararem temporariamente na Faixa de Gaza, isto não significa um cessar-fogo entre Israel e o Hamas. Já anteriormente o exército israelita tinha realizado pausas limitadas em áreas restritas para permitir operações humanitárias internacionais.
Fonte: Euronews