Israel atacou portos e instalações detidas pelos rebeldes Houthi do Iémen na madrugada de segunda-feira, com os rebeldes a responderem com mísseis apontados a Israel.
As Forças de Defesa de Israel disseram que atacaram os portos de Hodeida, Ras Isa e Salif, controlados pelos Houthi, bem como a central elétrica de Ras Kanatib.
“Estes portos são utilizados pelo regime terrorista Houthi para transferir armas do regime iraniano, que são utilizadas para levar a cabo operações terroristas contra o Estado de Israel e os seus aliados”, afirmou um porta-voz militar israelita.
Os Houthis reconheceram os ataques israelitas, mas não disseram qual a gravidade dos danos. O porta-voz das Forças Armadas do Iémen, o general Yahya Saree, afirmou que as suas forças de defesa aérea “controlaram efetivamente” o ataque.
Porém, em contrapartida, os Houthis terão lançado um ataque contra Israel. As forças armadas israelitas afirmaram ter tentado intercetar o míssil, mas este parece ter sofrido um impacto. “Não houve registo imediato de vítimas”, adiantaram.
Os ataques seguem-se a relatos de que um navio de bandeira liberiana foi alvo de disparos no domingo, obrigando a sua tripulação a abandonar o navio.
As suspeitas recaíram imediatamente sobre os Houthis, tendo uma empresa de segurança afirmado que parecia que drones com bombas tinham atingido o navio depois de este ter sido alvo de armas ligeiras e granadas.
Os meios de comunicação social Houthi noticiaram o ataque, mas não o reivindicaram.
O ataque ocorre num momento delicado, quando um possível cessar-fogo entre Israel e o Hamas está em jogo, bem como a chegada do primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu aos EUA.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem como alvo os rebeldes Houthi em grandes ataques aéreos desde que reassumiu o cargo.
Uma nova campanha Houthi contra o transporte marítimo poderia atrair tanto os EUA como outras forças ocidentais para a região.
Fonte: Euronews