O Ministério das Finanças iniciou formalmente a implementação do Selo de Igualdade de Género para Instituições Públicas, num evento marcado por intervenções de parceiros nacionais e internacionais. A iniciativa, que visa promover a equidade nas estruturas estatais, é considerada um passo transformador na governação pública de Cabo Verde.
O Governo vê nesta medida um marco importante para consolidar políticas públicas mais justas e inclusivas, apostando na integração do género como um princípio transversal da administração. O secretário de Estado do Ministério das Finanças, Alcindo Mota, sublinhou que o país tem feito avanços significativos nesta matéria, através de reformas legislativas e institucionais.
“Permitam-me expressar a nossa satisfação por este dia que simboliza mais um passo firme, concreto e estruturante no compromisso governamental com a igualdade de género,” afirmou Alcindo Mota, acrescentando que esta iniciativa visa também capacitar os recursos humanos para garantir uma aplicação prática e sustentável dos princípios da igualdade.
Já a presidente do ICIEG, Marisa Carvalho, enfatizou o potencial transformador do selo e a importância do seu impacto na cultura organizacional das instituições.
“O Selo de Igualdade de Género não é apenas um instrumento técnico ou um reconhecimento simbólico. Acima de tudo, é um processo de transformação organizacional que desafia cada instituição a olhar para dentro de si, a identificar barreiras, a corrigir desigualdades e a criar condições mais justas para todas as pessoas”. Marisa Carvalho
Por sua vez, o representante do PNUD em Cabo Verde, David Matern, sublinhou a relevância estratégica do selo para a consolidação da justiça social e institucional.
“O lançamento do selo não foi apenas um gesto simbólico, mas sim uma escolha estratégica para dar visibilidade a esta questão de verdadeira justiça social,” declarou, enaltecendo também o papel do setor público na criação de dinâmicas exemplares para a sociedade.
A embaixadora da União Europeia em Cabo Verde, Carla Grijó, reforçou a importância da integração da perspectiva de género na administração pública, associando a iniciativa ao desenvolvimento sustentável.
“Estamos a dar passos concretos no sentido de institucionalizar a igualdade de género dentro da estrutura orgânica e funcional do Ministério das Finanças, com base em critérios técnicos, padrões internacionais e um compromisso político firme e inativo”.
Conforme informou, este esforço vai permitir transformar políticas públicas e criar uma cultura organizacional mais justa e representativa.
Redação Tiver