O escritor José Luiz Tavares criticou o Ministério da Educação por avançar com a padronização da língua cabo-verdiana. Segundo ele, essa responsabilidade é do Ministério da Cultura, que tem permanecido em silêncio sobre o assunto.
José Luiz Tavares anunciou que vai interpor uma providência cautelar para suspender o uso do manual de Língua e Cultura Cabo-verdiana do 10.º ano. O escritor argumenta que o Ministério da Educação não tem competência orgânica para promover atos de padronização linguística.
Para Tavares, a elaboração do manual violou comandos legais e científicamente apresenta uma “ant norma pandialetal” que ameaça a matriz histórica da língua cabo-verdiana.
Ele desafia o ministro Amadeu Cruz a suspender o manual e refazer o material, eliminando as ilegalidades identificadas, ou assumir as consequências jurídicas e políticas do projeto, que classificou como “bairrista e divisionista”.
O escritor critica ainda a postura silenciosa do Ministério da Cultura, a quem atribui a competência para essa matéria.
Fonte: Inforpress // Redação Tiver