O presidente do Movimento Democrático de Moçambique, Lutero Simango, um dos quatro candidatos presidenciais às eleições de Outubro, exigiu hoje uma recontagem dos votos ou a repetição da votação, como formas de repor a “justiça eleitoral”. Em conferência de imprensa em Maputo, o líder do terceiro maior partido moçambicano afirmou que apenas estas duas soluções permitem a “credibilização” do processo eleitoral em torno das eleições gerais de 09 de outubro, fortemente contestado.
“A promoção da recontagem dos votos e fazer a sua comparação com os editais e atas para verificar se os resultados publicados correspondem de facto à vontade popular”, afirmou, avançando, em alternativa, com a possibilidade de anulação do escrutínio: “Anulação significa repetição de eleições em toda a escala nacional”.
Lutero Simango afirmou ainda, a propósito das manifestações violentas que se registam no país desde outubro, que culminaram quinta-feira com barricadas de manifestantes, sobretudo apoiantes do candidato Venâncio Mondlane, em várias zonas da cidade de Maputo, que o uso da força “só vai gerar mais violência”, e pediu um “dialogo inclusivo”.
“Mas em primeiro lugar resolver o problema principal e alcançar a justiça eleitoral”, afirmou, insistindo; “Diálogo sim, vamos dialogar. Mas é preciso concentrar no problema, que é o problema eleitoral”.
Segundo a CNE, Mondlane ficou em segundo lugar, com 20,32%, mas este afirmou Venâncio Mondlane, que não reconhece os resultados anunciados das eleições gerais de 09 de outubro em Moçambique, anunciou quinta-feira que as manifestações de protesto são para manter até que seja reposta a verdade eleitoral.
“A causa destas manifestações, que ocorrem em todo o país, são os resultados eleitorais na posse do Conselho Constitucional que não refletem a vontade popular e a expressão dos eleitores nas urnas. Há ausência da justiça eleitoral (…) Este é o sentimento dos que foram votar, observaram as eleições e testemunharam todo o processo de contagem e processamento dos editais e atas e a sua publicação”, disse Simango.
Fonte: SAPO