Quatro mulheres são diagnosticadas com cancro de mama a cada minuto no mundo e uma acaba por morrer devido à doença, segundo um estudo publicado pela revista científica Nature Medicine. O risco de morte por cancro da mama ao longo da vida é mais elevado nas ilhas Fiji e em África.
De acordo com as conclusões, as taxas de mortalidade diminuíram em 29 países com um índice de desenvolvimento humano (IDH) muito elevado, mas apenas sete países – Malta, Dinamarca, Bélgica, Suíça, Lituânia, Países Baixos e Eslovénia – estão a atingir a meta da Iniciativa Global contra o Cancro da Mama de, pelo menos, uma redução de 2,5% por ano.
A manterem-se as taxas actuais, “em 2050, os novos casos e mortes terão aumentado 38% e 68%, respectivamente, impactando desproporcionalmente os países com baixo IDH”, correspondendo a uma estimativa de 3,2 milhões de novos casos e 1,1 milhões de mortes, alerta ainda o estudo sobre o tipo de cancro mais diagnosticado entre as mulheres.
Os sistemas de saúde robustos que “facilitam o acesso a um diagnóstico atempado e a um tratamento de alta qualidade significam que o prognóstico é geralmente bom e a sobrevivência a cinco anos pode atingir mais de 90%”, refere ainda a investigação, alertando que, nos países com um IDH baixo e médio, as taxas de incidência do cancro da mama continuam a ser relativamente baixas.
Em Cabo Verde, baseado na estratégia da Organização Mundial da Saúde, que considera que o disgnóstico precoce contribui para a redução do estágio de apresentação do cancro, a Direcção Nacional da Saúde através do Programa Nacional de Prevenção e Controlo das Doença Oncológicas está a trabalhar com as estruturas existentes na atenção primaria.
Daí o lançamento em Outubro de 2023 do Programa de Diagnóstico Precoce do Cancro da Mama na atenção primária, que visa, entre outros objectivos, reduzir em 10% os casos de cancro de mama diagnosticados em estádio avançando, através de consultas mamárias destinadas às mulheres, para detectar cada vez mais cedo qualquer situação de alerta e fazer um melhor seguimento dos casos.
Fonte: Inforpress // Ad: Redação tiver