NETANYAHU APOIA PLANO DE PAZ DE TRUMP

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, apresentou um pedido de desculpas oficial ao Qatar pela morte de um dos seus cidadãos durante um ataque aéreo a Doha que visava uma delegação do Hamas.

“Numa primeira fase, o primeiro-ministro Netanyahu lamentou profundamente que o ataque de mísseis de Israel contra alvos do Hamas no Qatar tenha matado involuntariamente um militar do Qatar”, refere um comunicado da Casa Branca.

“Lamentou ainda que, ao atingir a liderança do Hamas durante as negociações com reféns, Israel tenha violado a soberania do Qatar e afirmou que Israel não voltará a efetuar um ataque deste tipo no futuro.”

Pelo menos cinco membros de baixa patente do Hamas também morreram no ataque de 9 de setembro, que teve como alvo altos dirigentes do Hamas envolvidos nas negociações de um cessar-fogo apoiado pelos EUA.

Foi o primeiro ataque de Israel contra o Qatar, um mediador fundamental nos esforços de cessar-fogo.

O ataque foi recebido com indignação global, com o secretário-geral da ONU, António Guterres, a chamar-lhe uma “violação flagrante” da soberania do Qatar.

O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que ele e Netanyahu discutiram “como acabar com a guerra em Gaza”, tendo Trump saudado um “dia histórico para a paz”.

Não ficou imediatamente claro se o Hamas aceitou o plano de 20 pontos de Trump, mas o presidente norte-americano disse que tinha ouvido que “o Hamas também quer fazer isso”.

Uma fonte do Hamas disse que o grupo foi informado sobre o plano, mas ainda não recebeu uma oferta oficial dos mediadores egípcios e do Qatar.

O plano prevê a criação de um conselho de administração temporário que será presidido por Trump e incluirá o antigo primeiro-ministro britânico Tony Blair.

Exige a retirada das tropas israelitas, mas somente após o desarmamento do Hamas e o envio da força de segurança internacional.

Israel manteria uma “presença de perímetro de segurança”, uma formulação vaga que poderia significar que manteria uma zona tampão dentro de Gaza.

O plano não exige que as pessoas deixem Gaza e prevê o fim imediato da guerra se ambos os lados o aceitarem.

A proposta também exige que todos os reféns sejam libertados dentro de 72 horas após Israel aceitar o plano. Em troca, Israel libertaria palestinianos que cumprem penas perpétuas nas suas prisões, bem como detidos de Gaza desde o início da guerra.

Enquanto isso, a ajuda humanitária seria autorizada a entrar em Gaza por “organismos internacionais neutros”, incluindo as Nações Unidas e o Crescente Vermelho. Não está claro se o controverso Fundo Humanitário de Gaza continuaria as suas operações.

A proposta contém apenas uma vaga promessa de que a criação de um Estado palestino pode ser possível.

Fonte: Euronews

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