O presidente da Associação Sindical dos Trabalhadores dos Registos, Notariado e Identificação (Astranic) fez hoje um balanço “altamente positivo” da greve de três dias, e avisou que nova paralisação poderá avançar caso o Governo não cumpra o acordo.
Vítor Veiga, que falava à imprensa sobre a greve dos trabalhadores dos Registos, Notariado e Identificação, realizada nos dias 17, 18 e 19, sublinhou que o objectivo foi alcançado uma vez que conseguira chamar a atenção do país para o incumprimento do acordo firmado com o Governo.
Segundo avançou, a participação rondou os 100 por cento (%), demonstrando, no seu entender, a firmeza dos trabalhadores e a legitimidade das reivindicações.
Vítor Veiga explicou que a paralisação foi desencadeada pelo não cumprimento, por parte do Governo, do compromisso relativo às promoções do pessoal, objectivo central da reivindicação sindical.
“Estamos à espera para ver a reacção do Governo em relação à nossa principal reivindicação e as demais outras, e dependendo da decisão do executivo podemos avançar ou não para uma outra greve”, alertou.
Questionado sobre as declarações da ministra da Justiça, Joana Rosa, que acusou o sindicato de falta de abertura ao diálogo e defendeu que o Governo está a cumprir a lei no processo de implementação do PCFR, o líder sindical rejeitou as afirmações da governante.
“Isso não é verdade, é apenas uma posição da ministra para não cumprir o acordo que tem com os trabalhadores”, disse.
Vítor Veiga lembrou que as negociações decorreram entre Junho e Agosto deste ano, com participação directa da Direcção-Geral dos Registos, Notariado e Identificação, e que a lista resultante foi elaborada com o aval da tutela.
O sindicato, garantiu que apresentou propostas que foram integradas na versão final do documento e validada por ambas as partes antes de ser enviada para publicação.
“O Governo assumiu connosco que iria publicar a lista. Temos um acordo e não vamos renegociar aquilo que já estava negociado”, reafirmou o presidente, que assegurou que se o Governo não cumprir com o acordo, os trabalhadores vão partir para uma nova greve.
Fonte: Inforpress // Redação Tiver