Pelo menos 3.120 pessoas morrem anualmente em Angola vítimas de acidentes rodoviários, uma média de nove mortes por dia, um cenário que representa uma crise grave de saúde pública e segurança nacional. Apontam as autoridades angolanas.
A situação da sinistralidade rodoviária em Angola esteve hoje em reflexão durante um encontro promovido pelo ministro do Interior de Angola, Manuel Homem, que juntou jornalistas e altas patentes da polícia para abordar a implementação do Programa de Prevenção Rodoviária (PPRO) “Estradas Sem Mortes”.
Dados partilhados no encontro relevam que o país regista anualmente cerca de 3.120 mortes causadas por acidentes de viação, uma situação que “evidencia uma tendência persistente e alarmante, cujos efeitos negativos se refletem diretamente no desenvolvimento socioeconómico nacional”.
Fatores humanos, como excesso de velocidade, responsável por com 41% dos acidentes por colisão, condução sob influência de álcool, com 9% de incidência, uso irregular do telemóvel, com 7% de infrações, circulação de moto taxistas sem capacete e em sentido contrário e a travessia inadequada de peões estão entre as principais causas.
As autoridades assumem igualmente que o mau estado técnico de veículos, com 12% de infrações, o estado das vias e a ausência e deficiente sinalização vertical e horizontal constituem fatores técnicos que propiciam os sinistros rodoviários.
Lusa