OMS APONTA RISCOS PARA A SAÚDE PÚBLICA APÓS CHEIAS EM CV

Uma avaliação feita pela Organização Mundial de Saúde, indicou doenças transmitidas por água contaminada ou mosquitos, bem como perturbações mentais, como riscos de saúde pública, no atual período pós-cheias na ilha de São Vicente, Cabo Verde. Segundo a OMS, “foram emitidos alertas devido a casos de diarreia, febre e dores de cabeça” entre pessoas que estiveram abrigadas em escolas e noutro centro instalado no Estádio do Mindelo.

O documento, indica que os casos de diarreia e infeções respiratórias têm vindo a aumentar, embora a situação ainda permaneça dentro do limiar de alerta. Em resposta às condições precárias de água e saneamento, foram mobilizadas equipas no terreno com o objetivo de reforçar a vigilância ativa das doenças com maior risco de ocorrência.

O acesso limitado a água, saneamento e higiene “é um fator de risco fundamental para a diarreia aguda” e as inundações, após uma seca prolongada, “podem aumentar a exposição a agentes patogénicos diarreicos.

O risco de surtos de gastroenterite em São Vicente “aumentou significativamente”, associado a uma “baixa perceção de risco em relação à segurança alimentar, precárias condições de higiene e saneamento e relatos frequentes de surtos de origem alimentar entre residentes e turistas”.

No caso do risco de doenças transmitidas por vetores, como o mosquito, em que se enquadram a dengue, a malária e outras arboviroses, o risco “aumentou significativamente”, devido às águas paradas que se acumularam após as cheias.

Por outro lado, as cheias em São Vicente “afetaram significativamente as condições de saúde mental nas comunidades atingidas”, por causa da “destruição de casas, deslocação de famílias, perda de meios de subsistência e interrupção de serviços essenciais”, acrescenta.

Além disso, foram observadas “limitações na gestão de resíduos sólidos e resíduos hospitalares, juntamente com a persistência de carcaças de animais nalgumas comunidades, representando riscos adicionais para a saúde pública”, indica ainda o documento.

A OMS alerta ainda para o risco de aumento da insegurança alimentar, tal como a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO, sigla em inglês) já havia previsto na última semana.

Fonte: Noticias ao Minuto // Redação Tiver

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