ONU CONDENA ANEXAÇÕES DE REGIÕES UCRANIANAS PELA RÚSSIA

A Assembleia Geral da ONU aprovou nesta quarta-feira, uma resolução que condena a anexação ilegal de territórios ucranianos pela Rússia. Cento e quarenta e três países aprovaram a medida.

A Assembleia-Geral da ONU aprovou, por maioria, a condenação da anexação pela Rússia de quatro regiões ucranianas. No que constitui a maior manifestação de apoio até à data ao país invadido, os membros subscreveram uma resolução no sentido de exigir que a Rússia inverta as suas ações. Entre os países lusófonos apenas Moçambique se absteve, posição idêntica tomaram a China e a Índia.

A embaixadora dos EUA no organismo afirmou que o facto de um Estado-membro da ONU, com assento permanente no Conselho de Segurança, ter tentado anexar território do seu vizinho à força, não só colocou o outro país na sua mira, como também pôs em causa o princípio fundamental desta instituição. “Um país não pode tomar o território de outro pela força”, argumentava Linda Thomas-Greenfield.

Apesar do importante esforço diplomático dos EUA para obter uma condenação inequívoca de Moscovo, 35 nações abstiveram-se, apenas quatro apoiaram a Rússia – Bielorrússia, Coreia do Norte, Nicarágua e Síria – que se defende atacando:

“O Ocidente é, completamente, surdo em relação aos problemas do Sul e aos apelos para que, finalmente, os resolva. São envidados esforços para promover, apenas, a narrativa ucraniana, mas não em nome do bem-estar do país, apenas numa tentativa de prejudicar a Rússia”. – Vasily Nebenzya 

Em setembro, cerca de sete meses após a invasão russa da Ucrânia, Moscovo formalizou a anexação de quatro províncias do leste e sul do país, que estão parcialmente ocupadas, apoiando-se no resultado de referendos que, diz a Rússia, demonstraram a vontade dos eleitores de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporíjia em fazer parte da Federação russa. 

Kiev e os seus aliados ocidentais rejeitam as votações que consideram ser ilegais e inúteis por porem em causa a integridade territorial de um Estado soberano.

Fonte: Euronews

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