O preço do transporte marítimo de cargas interilhas aumentou pela segunda vez, em três meses, esta segunda-feira. A informação foi avançada pela Lusa, que deu conta de uma actualização de 18%.
“Essa actualização teve por base todos os custos de exploração das sociedades armadoras” e impõe um tecto máximo para futuros aumentos, explicou o director nacional de Política do Mar, Anísio Évora.
A 01 de Novembro, a CV Interilhas, concessionária do transporte marítimo, aumentou o tarifário de mercadorias num valor médio de 25%, baseando-se numa portaria de 2006, considerando a actualização “crítica” para a sustentabilidade do serviço, uma vez que já não havia alterações de preços há 17 anos, mas os custos cresceram bastante.
Anísio Évora admitiu à Lusa que havia “várias lacunas” na portaria anterior, mas avançou que os armadores têm agora que seguir a nova lei e não podem aumentar tarifas “como bem entenderem”.
Aquele responsável referiu que há linhas em que os preços vão manter-se e outras em que vão baixar.
Entre as novidades, está também a criação de uma “tarifa máxima de referência, ou seja, a partir de agora o cliente já terá possibilidades de saber o que terá que pagar, quer para enviar a sua carga, quer para a viagem propriamente dita”, prosseguiu Évora.
Com a nova lei, o transporte passou de três para oito escalões, permitindo uma “melhor harmonização” das tarifas, em função das distâncias.
Outra novidade é que os veículos de transporte de mercadorias, mas que viajem sem carga, vão passar a pagar apenas 75% da tarifa de referência e os contentores vazios estarão isentos do pagamento da tarifa de portos, aplicada à carga.
Fonte: EI // Ad: Redação Tiver