REGRESSO DOS TACV AOS VOOS DOMÉSTICOS É ERRO DO GOVERNO – OPOSIÇÃO

O presidente do Partido Africano da Independência de Cabo Verde Rui Semedo afirmou que o Governo de Cabo Verde voltou à estaca zero na solução para os transportes aéreos. Já a UCID na voz do seu presidente João Santos Luís assegura que a TACV não deveria ter deixado as ligações domésticas, considerando que foi uma má decisão do Governo na altura. Por seu turno o Mpd  negou que haja retrocesso nas políticas do Governo .

Segundo Rui Semedo, na azáfama de fazer tudo diferente, o Governo de Ulisses Correia e Silva retirou os TACV da linha doméstica, deixando o país nas mãos de um monopólio, com prejuízos avultados para todos os cabo-verdianos.

Acrescentou que depois de várias soluções falhadas, eis-nos de volta à estaca zero. De acordo com Semedo até que à estaca abaixo do zero, porque antes tínhamos aviões e agora fomos buscá-los ao Senegal, disse, ressaltando que o PAICV nunca foi de acordo com o desfazer dos TACV na linha doméstica, mas que o Governo negou por achar ser esta uma má solução.

Acrescentou ainda que o PAICV sempre defendeu que o mercado deveria ser aberto à concorrência e que o Governo negou, chegando mesmo a afirmar que nosso mercado não permite concorrência. Agora, só agora, oito anos depois, o Governo vem reconhecer os seus erros, apresentando-nos uma solução que abominou e destruiu”, acrescentou, realçando ser esta a teoria do ministro Olavo Correia de que governar é testar soluções.

O presidente da União Cabo-verdiana Independente e Democrática, João Santos Luís, defendeu que a TACV não deveria ter deixado as ligações domésticas, considerando que foi uma má decisão do Governo na altura.

O Líder da UCID afirma que temos uma conetividade deficiente, isto por incapacidade do Governo e do próprio Ministério dos Transportes nesta matéria, um país que se diz que aposta no turismo, não há conectividade e os turistas chegam ao Sal ou à ilha da Boa Vista e não conseguem deslocar-se para as outras ilhas, ou se conseguem ir não têm garantias de voltar”, declarou João Santos Luís.

João Santos Luís afirmou ainda que essa encruzilhada, em que o país se encontra é inteiramente da responsabilidade do Governo, que aceita que as empresas que têm assumido as ligações domésticas nos últimos tempos, se preocupem apenas com os lucros.

Já o representante do Movimento para a Democracia o deputado Vander Gomes, preferiu destacar as vantagens desse regresso dos TACV ao mercado  doméstico e negou que haja retrocesso nas políticas do Governo.

Assegura ser mais uma alternativa no mercado para servir os cabo-verdiano e quem procura o país, os turistas que têm procurado cada vez mais Cabo Verde. E com todas as perspectivas que temos em termos do aumento dessa procura, pretende-se ultrapassar um milhão de turistas no ano de 2024, mas por isso temos que ter essa capacidade de dar a satisfação, no que seja a qualidade do serviço prestado a nível doméstico”, sustentou.

O representante do partido que sustenta o Governo afirmou que essa medida vai facilitar a Cabo Verde Airlines no escoamento dos seus passageiros que vêm de outros países, trará mais competitividade ao mercado nacional.

Fonte: Inforpress // Ad: Redação Tiver

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