As Reservas Internacionais Líquidas do País, necessárias para garantir as importações, cresceram 5,1% em 2022, face ao ano anterior. Os dados foram apresentados pelo banco de Cabo Verde.
Segundo um relatório estatístico do Banco de Cabo Verde, essas reservas – em moeda estrangeira, necessárias para pagar bens e serviços ao exterior –, passaram de quase 65.230 milhões de escudos em 2021 para mais de 68.994 milhões de escudos no ano seguinte.
De acordo com informação anterior do banco central, este volume de reservas permitia “cobrir cerca de sete meses de importações previstas para 2022”, sendo “considerado um nível confortável”, tendo em conta que a instituição considera como um “nível adequado de reservas” pelo menos o equivalente a cinco meses de importações de bens e serviços.
Cabo Verde recupera de uma profunda crise económica e financeira, decorrente da forte quebra na procura turística – setor que garante 25% do Produto Interno Bruto (PIB) do arquipélago – desde março de 2020, devido à pandemia de covid-19. Em 2020, registou uma recessão económica histórica, equivalente a 14,8% do PIB, seguindo-se um crescimento de 7% em 2021 impulsionado pela retoma da procura turística.
Para 2022, devido às consequências económicas da guerra na Ucrânia, nomeadamente a escalada de preços, o Governo baixou em junho a previsão de crescimento de 6% para 4%, que, entretanto, voltou a rever, para mais de 8% e já no final do ano para 10 a 15%.
Fonte: EI // Ad: Redação Tiver