A guarda costeira grega resgatou com vida nove migrantes que estavam agarrados às rochas, depois do naufrágio de uma embarcação em que seguiam várias dezenas de pessoas, ao largo da ilha de Eubeia. As buscas por sobreviventes continuam, mas a esperança é cada vez menor de encontrar pessoas com vida.
Este é a mais recente de uma série de episódios, por vezes trágicos, de tentativas de grupos de chegar às costas europeias, que se têm repetido nos últimos dias.
O bom tempo, pouco habitual nesta altura do ano, não é estranho a esta chegada contínua de migrantes. Só na semana passada chegaram, de forma autónoma, seis mil pessoas às costas de Itália. Em poucas horas, chegaram 175 pessoas, em quatro barcos diferentes, à ilha de Lampedusa, ao largo da qual naufragou outro barco na semana passada. As autoridades recuperaram oito cadáveres.
Navios procuram porto seguro
A situação é dramática também para os navios fretados pelas ONG que salvam migrantes no Mediterrâneo, que não têm para se onde virar.
O Ocean Viking, da SOS Méditerranée, está à procura de um porto seguro onde possa desembarcar as 234 pessoas que salvou, só entre os dias 22 e 26.
Cerca de mil migrantes, distribuídos por vários navios, estão à espera de autorização para poderem desembarcar. O novo governo italiano, de direita, presidido por Giorgia Meloni, já anunciou o retomar das políticas migratórias que marcaram a passagem de Matteo Salvini pelo governo e a proibição de desembarque, nos portos italianos, dos navios que trazem migrantes.
Fonte: Euronews