Os membros do Conselho de Segurança da ONU têm estado em negociações intensas na tentativa de conseguirem um acordo sobre uma resolução que apela a um cessar-fogo em Gaza. Israel continua a bombardear o território sitiado e a fazer cada vez mais vítimas.
Israel bombardeou várias cidades do sul de Gaza nas últimas 24 horas, matando pelo menos 45 palestinianos.
O número crescente de mortes de civis na região sitiada tem impulsionando os esforços diplomáticos das Nações Unidas para chegar a um acordo sobre uma resolução para um cessar-fogo, que o principal aliado de Israel, os Estados Unidos, não deverá vetar.
A votação sobre a interrupção das hostilidades foi novamente adiada. Espera-se agora que a votação ocorra esta quarta-feira.Em causa está uma resolução redigida pelos Emirados Árabes Unidos que na sua primeira versão pedia um “cessação urgente e sustentável das hostilidades”, mas que esta terça-feira já foi alterada para passar a incluir um apelo “à suspensão urgente das hostilidades para permitir o acesso humanitário seguro e sem entraves e medidas urgentes para uma cessação sustentável das hostilidades”.
Na terça-feira, o Coordenador Especial da ONU para o Processo de Paz no Médio Oriente pediu ao Conselho de Segurança para trabalhar de boa fé para acabar com o “ciclo de violência”.
“Continuo seriamente preocupado com o impacto das hostilidades em curso sobre a situação humanitária em Gaza. As condições atuais estão a tornar impossível a realização de operações humanitárias significativas”, lamentou o diplomata norueguês Tor Wennesland.
A falta de progressos nas negociações tem aumentado a frustração entre as organizações de ajuda humanitária, que denunciam que a quantidade de mantimentos que estão a deixar entrar em Gaza é inadequada.
De acordo com o Hamas, o número de mortos subiu para mais de 19.600, desde o ataque de 7 de outubro em que o grupo extremista islâmico matou cerca de 1200 pessoas em Israel e fez mais de 200 reféns. A libertação dos reféns tem sido uma prioridade para Israel.
As vítimas do ataque ao festival de música Suppernova foram lembradas esta semana pelos israelitas num memorial. Mais de três mil pessoas foram ao festival localizado no deserto israelita junto à fronteira com Gaza. Segundo as autoridades israelitas, 364 pessoas foram mortas nessa ocasião.
Fonte: Euronews