RÚSSIA ATACA PORTO DO MAR NEGRO APÓS ANUNCIAR CESSAR-FOGO

O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy afirmou que os ataques russos durante a noite foram um “sinal claro para todo o mundo” de que o Kremlin não quer a paz.

A Rússia lançou um ataque de drones durante a noite contra o porto ucraniano de Mykolaiv, no Mar Negro, poucas horas depois de os EUA terem anunciado que Moscovo e Kiev tinham acordado um cessar-fogo marítimo, segundo as autoridades.

O presidente da Câmara de Mykolaiv disse na manhã de quarta-feira que a cidade estava a sofrer cortes de energia de emergência. Entretanto, o governador da região confirmou que os militares ucranianos tinham destruído sete drones russos durante a noite.

O ataque contra Mykolaiv seguiu-se à declaração da Casa Branca de que tanto a Rússia como a Ucrânia se tinham comprometido a “garantir uma navegação segura” e a “eliminar o uso da força” no Mar Negro.

Segundo as autoridades ucranianas, outros ataques russos atingiram as regiões de Cherkasy, Sumy e Kirovohrad.

Kryvyi Rih, a cidade natal do presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy, foi atingida durante a noite pelo maior ataque de drones que sofreu durante a guerra, disse Oleksandr Vilkul, o chefe da administração da cidade.

“Graças a Deus, toda a gente está viva. É verdadeiramente um milagre. A destruição é significativa”, acrescentou Vilkul.

De acordo com a força aérea ucraniana, as forças russas lançaram 117 drones Shahed e drones de engodo durante a noite.

Zelenskyy afirmou que a escala dos ataques é “um sinal claro para o mundo inteiro de que Moscovo não pretende alcançar uma paz verdadeira”.

Apesar de Moscovo e Kiev terem acordado um cessar-fogo no Mar Negro, após três dias de conversações separadas com responsáveis norte-americanos em Riade, capital da Arábia Saudita, subsistem dúvidas quanto à sua aplicação.

Na terça-feira, Zelenskyy disse que o acordo entraria em vigor imediatamente. No entanto, o Kremlin divulgou um comunicado afirmando que só cumpriria os termos do acordo após o levantamento de algumas sanções ocidentais.

Fonte: Euronews

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