O presidente do sindicato da Indústria, Comércio e Turismo anunciou recentemente a ameaça de greve nos hoteis do Riu, devido a uma série de reivindicações não atendidas pela administração. Assédio, abuso de poder, pressões ilegítimas sobre os trabalhadores e ameaças de represálias, agressões verbais, péssima alimentação e não cumprimento do direito a férias, são as principais acusações do dirigente sindical.
Nilton Vaz, avançou que há problemas na carga horária, abusos e represália considerando que, em termos de trabalho com direitos, estão a retroceder e, futuramente, isto pode ter consequências” no sector do turismo.
Vaz diz, ainda, que a alimentação dos trabalhadores nos hotéis “é má” e denuncia um expediente utilizado pelas entidades patronais.
O presidente do SICOTUR dá o exemplo das camareiras: “Uma camareira se até à hora do almoço tiver, pelo menos, metade dos quartos feitos, vai ter de trabalhar para além da hora.
O “abuso de poder e a pressão sobre os trabalhadores”, são o centro dos alertas do presidente do SICOTUR, que denuncia “ameaças de represálias” sobre quem não está disposto a aceitar essas condições de trabalho.
Pesem as várias diligências feitas pelo sindicato, Nilton Vaz diz não compreender “a justificativa dada pelos responsáveis do Grupo Riu, que alegam aplicar a ‘Lei de Riu’”, contrariando o princípio de que “a única lei válida e aplicável é a que está em vigor em Cabo Verde.
Nilton Vaz diz que o sindicato está pronto para “negociar com a mediação da Direção Geral do Trabalho”, mas avisa que, “caso não haja avanço nas negociações”, o SICOTUR admite “considerar a possibilidade de uma greve geral nos Hotéis Riu.
Por solicitação de A Nação, a RIU Hotels & Resorts reagiu, negando tudo, em comunicado.
Fonte: A Nação// Ad: Redação Tiver