SE HOUVER “INICIATIVA SINCERA”, RÚSSIA ESTÁ ABERTA AO DIÁLOGO COM TRUMP

A Rússia está aberta ao diálogo com a futura administração dos Estados Unidos liderada pelo republicano Donald Trump, vencedor das eleições presidenciais na terça-feira, admitiu hoje o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov. Relembrando que durante a campanha eleitoral das presidenciais norte-americanas, Trump prometeu acabar com a guerra na Ucrânia se fosse eleito.

“Veremos se há propostas. Insisto, não fomos nós que congelámos as relações e não somos nós que devemos propor o seu restabelecimento”, disse Lavrov durante uma visita ao Cazaquistão, citado pela agência espanhola EFE.

“Mas se houver uma iniciativa sincera para nos sentarmos sem exigências unilaterais e falarmos sobre onde estamos e como avançar, não seremos nós a levantar objeções”, acrescentou.

A Rússia acusa os Estados Unidos e os seus aliados de envolvimento direto na guerra na Ucrânia por fornecerem a Kiev armamento e fundos para resistir à invasão russa, lançada em Fevereiro de 2022.

Durante a campanha eleitoral das presidenciais norte-americanas, Trump prometeu acabar com a guerra na Ucrânia se fosse eleito.

Lavrov disse que a Rússia está disposta a ouvir qualquer “ideia concreta e razoável” e que nunca se opôs ao diálogo. Referiu que o Presidente russo, Vladimir Putin, disse em várias ocasiões que “falar é sempre melhor do que isolar”.

O chefe da diplomacia russa lamentou que os aliados europeus dos Estados Unidos estejam determinados a apoiar os planos do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que disse que apenas conduziria a situação a “um beco sem saída”.

Referiu que muitos políticos ocidentais sensatos, que não nomeou, estão conscientes disso, mas “já não podem renunciar às suas posições (…) de apoio total à Ucrânia”.

Lavrov admitiu que os problemas nas relações com Washington são “muito profundos”, porque resultam da atitude da elite norte-americana de tentar eliminar qualquer concorrente na arena internacional que ameace a hegemonia dos Estados Unidos.

Fonte: Diário de Viseu

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