A Secretaria-Geral da UNTC-CS está indignada com a exclusão desta Central Sindical da Conferência Internacional do Trabalho, que teve lugar em Genebra e a elegeu para o Conselho de Administração da organização, sem o voto de Cabo Verde. Joaquina Almeida responsabiliza diretamente o Ministro do Estado da Família, Inclusão e Desenvolvimento Social, Fernando Elisio Freire, que acusa de abuso de poder e desconsideração para com a central sindical, postura que, afirma, remonta a 2021, altura em que se recusou a encontrar-se com a UNTC-CS.
A posição desta dirigente máxima da UNTC-CS foi manifestada em conferência de imprensa, proferida na Capital, especificamente para manifestar o seu descontentamento por esta exclusão que, afirma, é regulada pela constituição da OIT, mais precisamente o artigo 3º, nº 5. “Os Estados-Membros comprometem-se a designar os delegados e consultores técnicos não governamentais de acordo com as organizações profissionais mais representativas, tanto dos empregadores como dos empregados, se essas organizações existirem”, cita Joaquina Almeida.
Revoltada, a SG conta que o abuso de poder e a desconsideração do Ministro Elísio para com o parceiro social UNTC-CS, não é de hoje. Remonta a 2021, quando foi designado para tutelar a pasta do Trabalho e recusou-se até hoje, em se encontrar com a Central. Em 2022, prossegue, abusivamente abandonou a representante da UNTC-CS, que fazia parte da sua delegação, no aeroporto em Genebra, altas horas da noite, (23h50), enquanto ordenou que os restantes elementos fossem transportados para o hotel.
Esta sessão CIT, diz, foi importante por causa da eleição dos membros do Conselho da Administração e a maior comitiva de sempre de Cabo Verde, simplesmente não se dignou em estar presente para exercer o direito de voto. Com isso, Joaquina Almeida foi eleita sem voto de Cabo Verde. Para este dirigente sindical, trata-se de um descaso, pelo facto de se terem chegado a Genebra um dia após as eleições.
Fonte: Mindelinsite // Ad: Redação Tiver