SINDICATOS DOS PROFESSORES DENUNCIAM GOVERNO À OIT

O Sindicato Nacional dos Professores (Sindep) e o Sindicato Democrático dos Professores (Sindprof) formalizaram hoje uma queixa às organizações Internacionais, acusando o Governo de tentar aprovar “a todo custo”, diplomas “desfavoráveis à classe”. A queixa foi entregue na cidade da Praia à Organização Internacional do Trabalho (OIT) com o conhecimento da Unesco, das bancadas parlamentares e do Ministério da Educação, quando os sindicalistas foram surpreendidos por um aparato policial. 

De acordo com os sindicatos, o Governo tem “ignorado os diálogos” com os representantes dos professores sobre a proposta de lei que pretende implementar.

O diploma, segundo as lideranças sindicais, apresenta pontos que podem comprometer os direitos e as condições de trabalho dos docentes. “Nós estamos a cumprir mais uma etapa, como prometido, devido à atitude do Governo, que em vez de sentar à mesa com os professores, com os seus legítimos representantes, para analisarmos o documento que quer, a todo custo, aprovar através de uma proposta de lei no Parlamento”, afirmou o presidente do Sindep, Jorge Cardoso.

Segundo o sindicalista, diante desta determinação do Governo, sentiram a necessidade de recorrer a essas organizações internacionais para demonstrar o descontentamento da classe docente e solicitar a intervenção dos mesmos neste processo, que caracterizou de bastante delicado.

Acrescentou que esperam a intervenção destas organizações, inclusive já começaram a ter um feedback, por exemplo, da CPLP, do sector de educação, que fazem parte, e que já endereçou uma carta ao Governo, fazendo-o chamada de atenção.

Por seu lado, a presidente do Sindprof, Lígia Herbet, reafirmou o “descaso e desrespeito” governamental para com a classe, sublinhando que a carta aos grupos parlamentares da Assembleia Nacional visa conscientizá-los sobre o que designou de “manobra do Governo”. No momento da entrega da queixa, os sindicalistas foram surpreendidos pela presença de um aparato policial, mas Jorge Cardoso referiu que tal “não vai intimidar e nem paralisar” o trabalho dos sindicatos.

Fonte: Inforpress // Ad: Redação Tiver

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