Há décadas que cerca de metade da população são-tomense não tem aceso a água potável, segundo dados da Empresa Nacional de Água e Eletricidade (EMAE), que dizem que tal resulta da falta de investimento, enquanto a população fala em ausência de vontade política.
De norte ao sul do arquipélago com cerca de 1000 quilómetros quadrados e 237,096 habitantes, segundo projeção das Nações Unidas, há milhares de pessoas a consumirem água do rio, sem qualquer tratamento por incapacidade de fornecimento da EMAE.
Entre os seis distritos de São Tomé, Lembá, Cauê e Cantagalo são os que têm mais pessoas sem água potável. A EMAE tem 16 sistemas de tratamento e abastecimento de água, mas a maioria data do período colonial.
“A captação de Canga é um canal que foi construído na época colonial para irrigação e é o mesmo canal que depois serviu como conduta de adoção e ele não tem capacidade para levar muita quantidade de água”, explica Valdemiro do Rosário, responsável do setor de distribuição de água, propondo a substituição da mesma para que possa transportar mais água.
Fonte: Voa