O Conselho de Direitos Humanos da ONU realizou nesta sexta-feira uma sessão especial sobre a situação em al-Fashir, no Sudão. A sessão contou com a presença dos Estados que analisaram um pedido de missão de apuração dos fatos sobre os relatos de massacres ocorridos na cidade de Darfur, que caiu nas mãos de forças paramilitares.
A missão de apuração dos fatos, incluída em um projeto de resolução, também buscaria identificar os autores das supostas violações cometidas pelas Forças de Apoio Rápido e seus aliados em al-Fashir.
Em seu discurso de abertura aos delegados, a chefe de direitos humanos da ONU instou a comunidade internacional a agir.
“Houve muita hipocrisia e encenação, e pouca ação. É preciso se posicionar contra essas atrocidades – uma demonstração de crueldade descarada usada para subjugar e controlar toda uma população”, disse Volker Turk, Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos.
As Forças de Apoio Rápido (RSF) negaram ter como alvo civis ou bloquear ajuda humanitária, afirmando que tais atividades são de responsabilidade de atores isolados.
Chefe de Direitos Humanos da ONU alerta para o aumento da violência em Kordofan.
Turk também pediu medidas contra indivíduos e empresas que “alimentam e lucram” com a guerra no Sudão e fez um alerta contundente sobre o aumento da violência na região central sudanesa de Kordofan , com bombardeios, bloqueios e pessoas forçadas a deixar suas casas.
Reuters