SUSPENSÃO DA LINHA 15 PELA SOLATLÂNTICO GERA PREOCUPAÇÕES

A empresa de transportes públicos SolAtlântico anunciou que, devido à natureza sazonal, a linha n.º 15 foi temporariamente suspensa. É uma decisão que tem gerado alguma preocupação dos utentes, com a Associação dos Trabalhadores Domésticos de Cabo Verde a apelar à reposição da mesma.

Desde o início das suas operações em Outubro de 2021, a linha n.º 15, na cidade da Praia, a cargo da SolAtlântico, tem desempenhado um papel importante ao conectar o Plateau ao Campus da Uni-CV e vice-versa. Tanto é que a decisão de suspender temporariamente a linha gerou reacções diversas entre os utilizadores.

A presidente da Associação de Trabalhadores Domésticos de Cabo Verde (ATD-CV), Maria Gonçalves, alertou sobre o impacto negativo que essa suspensão terá sobre as empregadas domésticas, e outras categorias profissionais, que trabalham nas áreas ao redor da Uni-CV. A isso soma-se também as mulheres que trabalham como empregadas domésticas na zona de Monte Babosa.

“Trata-se de uma zona distante, e muitas dessas trabalhadoras não têm condições financeiras para pagar diariamente por Hiaces ou táxis para garantir seu sustento”, afirmou a responsável associativa, apelando à SolAtlântico para manter pelo menos um autocarro em operação, como medida de apoio aos clientes que dependem do passe mensal para circular pela cidade.

Além da Associação dos Trabalhadores Domésticos, vários outros utentes estão na ‘internet’ a questionar esta decisão da SolAtlântico. Uma internauta expressou a sua preocupação sobre o aumento dos transportes ilegais, como os táxis clandestinos ou hiaces urbanos, em decorrência da suspensão da linha.

“Foi dessa forma que surgiram os transportes clandestinos, causando desordem na circulação da rede rodoviária urbana”, comentou, questionando a falta de punição para esses “transportes ilegais”, chamando a atenção também para a necessidade de ressarcimento ou compensação para os moradores das áreas afetadas pela suspensão.

A mesma também ressaltou a importância de a entidade que controla o setor se pronunciar antes de tomar decisões que impactam diretamente a população. “Infelizmente, estamos num cenário onde a desordem predomina, como se estivéssemos numa verdadeira selva”, concluiu.

A NAÇÃO tentou falar com o responsável da SolAtlântico, mas tal não foi possível. Entretanto, a empresa já havia avançado no seu comunicado que a medida é temporária e visa ajustar a operação às condições sazonais, prometendo retomar o serviço em Setembro.

Fonte: A Nação // Ad: Redação Tiver

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