TACV REGRESSA AOS VOOS DOMÉSTICOS COM AVIÃO DA AIR SENEGAL

A Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV) vai regressar brevemente aos voos domésticos, com um avião alugado à Air Senegal. A  incapacidade de resposta da atual concessionária Bestfly, está na origem segundo o ministro dos Transportes Carlos Santos.

A TACV contratou uma aeronave de modelo ATR junto da Air Senegal que irá reforçar os voos [interilhas] muito brevemente”, disse Carlos Santos, indicando que o aparelho já está no Aeroporto Internacional da Praia.

O ministro reconheceu os “solavancos” que têm acontecido nos transportes [aéreos] interilhas, motivados pela “crescente” procura turística, mas também pela “fraca capacidade” de resposta da Bestfly, a única operadora que faz as ligações aéreas entre as ilhas, por meio de uma concessão estatal.

Santos avança  que há esse desencontro entre a oferta e a procura, por isso, o Governo já deu luz verde a uma proposta de reforço da oferta dos voos interilhas apresentada pela TACV, para permitir uma maior disponibilidade para todas as ilhas e facilitar a conectividade”, sustentou o governante.

O Governo garantiu que vai assumir a responsabilidade da ligação entre as ilhas e a alternativa é estruturante e definitiva, prosseguiu Carlos Santos.

O ministro avançou que brevemente a TACV vai anunciar a comercialização dos voos e ajustar conforme a procura no mercado. As ligações aéreas domésticas entre sete das ilhas do arquipélago são há vários anos operadas por uma única companhia, atualmente a angolana BestFly, que comprou a maioria do capital da TICV, antes detida pelos espanhóis da Binter.

Carlos Santos esclareceu que não se trata de um passo atrás na decisão anterior de retirar a TACV dos voos domésticos, mas sim de“garantir a mobilidade dos cabo-verdianos, complementando as operações da Bestfly. Cabo Verde tem aeroportos internacionais em São Vicente, no Sal, na Boa Vista e na Praia (Santiago) e aeródromos em São Nicolau, no Maio e no Fogo.

Em março de 2019, Cabo Verde vendeu 51% da TACV por 1,3 milhões de euros à empresa islandesa Loftleidir e empresários daquele país.

Entretanto, na sequência da paralisação da companhia durante a pandemia de covid-19, o Estado assumiu a posição, alegando vários incumprimentos e dissolvendo os corpos sociais.

A companhia aérea faz ligações internacionais com Lisboa (Portugal), Paris (França) e Bérgamo (Itália) e tem ainda nos planos a retoma dos voos para Brasil, Bissau, bem como abrir ligações para Boston (Estados Unidos).

Fonte: Governo // Ad: Redação Tiver

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