TUMULTOS EM ANGOLA JÁ FIZERAM 22 MORTOS

Protestos violentos durante greve dos taxistas contra aumento do preço dos combustíveis. Até agora, foram detidas mais de 1.200 pessoas.

Aumenta de quatro para 22 o número de mortos em resultado dos protestos e tumultos dos últimos dias em Angola, avançou esta quarta-feira o Governo de Luanda.

O gabinete do Presidente João Lourenço reuniu-se para analisar informação sobre a situação de segurança no país e a resposta da polícia.

Num novo balanço dos graves incidentes, a presidência de Angola dá conta de 22 mortes, 197 feridos e 1.214 pessoas detidas.

Até agora, 66 lojas e 25 viaturas foram vandalizadas. Alguns supermercados e armazéns foram alvo de pilhagens.

Os tumultos começaram na capital Luanda, na segunda-feira, primeiro de três dias de greve dos taxistas contra o aumento do preço dos combustíveis

O Governo angolano decidiu subir o preço dos combustíveis em cerca de um terço, como parte de um esforço para reduzir os subsídios ao gasóleo e gasolina e aliviar as finanças públicas.

Angola tem vindo a remover gradualmente os subsídios aos combustíveis desde 2023 – uma medida incentivada pelo pelo Fundo Monetário Internacional – quando um aumento no preço dos combustíveis também desencadeou protestos violentos.

Os subsídios aos combustíveis chegaram a 4% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado, de acordo com o ministro das Finanças do país produtor de petróleo.

Na segunda-feira, o Consulado Geral de Portugal em Luanda aconselhou os portugueses a evitar “deslocações desnecessárias” na cidade.

“A atual situação de segurança em Luanda é objeto de monitorização e acompanhamento próximo por parte da representação diplomática de Portugal em Angola, em contacto com as competentes Autoridades angolanas e com os parceiros da UE”, refere o consulado, numa mensagem publicada no site oficial.

Fonte: Renascença

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