Volodymyr Zelenskyy reconheceu que as portas da Organização do Tratado do Atlântico Norte se fecharam para o seu país, durante uma conferência virtual com a Joint Expeditionary Force, uma aliança militar internacional liderada pelo Reino Unido,
Esta terça-feira, o líder ucraniano criticou duramente a NATO por não impor uma zona de exclusão aérea e disse que a organização nunca tinha estado tão fraca como agora e que se fosse um Estado-membro a ser atacado a postura seria a mesma com medo de uma terceira Guerra Mundial.
“É claro que a Ucrânia não é membro da NATO. Percebemos isso, somos pessoas sensatas. Durante anos ouvimos dizer que as portas estavam abertas, mas já ouvimos dizer que não podemos entrar. Esta é a realidade e temos de a admitir. Estou satisfeito por ver que o nosso povo já o começou a compreender e a contar apenas consigo e com os parceiros que nos dão ajuda.”
Em Nova Iorque, a Rússia afirmou duvidar da capacidade da ONU para mediar as partes uma vez que já tinha escolhido de que lado estava. Vassily Nebenzia, embaixador russo na organização, surpreendeu, no entanto, ao pedir ajuda humanitária:
“Veremos se o Conselho de Segurança pode ou não adotar uma resolução que permita o estabelecimento de uma missão humanitária na Ucrânia, com pressupostos humanitários claros, como negociações de cessar-fogo, retirada de civis, respeito das leis internacionais e dos direitos humanos, condenação de ataques contra civis, passagem segura e ilimitada para assistência humanitária, etc.”
Ainda assim, Nebenzia não deixou de sublinhar que esperava que essa resolução não servisse para “culpar e envergonhar” a Rússia. O diplomata negou ainda qualquer responsabilidade russa na morte de um jornalista norte-americano em Irpin, destacando que a cidade é controlada pelas tropas ucranianas.
Fonte: Euronews