VALENCIA TEME PROBLEMAS GRAVES DE SAUDE PUBLICA

 O governo regional da Comunidade Valenciana, em Espanha, pediu hoje meios ao resto do país para desobstruir de lodo e água a rede de saneamento e evitar problemas graves de saúde pública, após as inundações de 29 de Outubro. Quase duas semanas após as inundações, em que morreram mais de 220 pessoas, continuam os trabalhos de limpeza das zonas afetadas.

Numa publicação na rede social X, o presidente do governo valenciano, Carlos Mazón (Partido Popular, direita), disse que a região precisa de “camiões de desobstrução da rede de saneamento para evitar problemas graves de saúde pública” e que pediu ajuda à maior confederação patronal de Espanha (CEOE) e às outras comunidades autónomas.

Mazón, como tem feito nos últimos dias, voltou a queixar-se do Governo central de Espanha, liderado pelos socialistas, garantindo que está a pedir estes camiões a Madrid há três dias e “não chegam”.

O ministro de Política Territorial, Miguel Ángel Torres, evitou o confronto com Mazón e disse hoje aos jornalistas que a coordenação e mobilização de meios a todas as entidades e administrações se tem feito diariamente no seio da equipa de resposta à emergência e que há neste momento no terreno em Valência “o maior dispositivo jamais mobilizado” em Espanha em tempos de paz”.

“Vamos continuar a actuar em co-governança, coordenação e colaboração entre administrações”, disse Miguel Ángel Torres, à entrada para uma dessas reuniões de coordenação, em Valência, em que também esteve Carlos Mazón, que não se pronunciou à chegada sobre esta questão ou a manifestação de sábado na cidade de Valência convocada para pedir a sua demissão e que mobilizou cerca de 130 mil pessoas, segundo as autoridades.

Também o ministro Miguel Ángel Torres disse hoje que o Governo de Espanha está centrado na reconstrução das zonas afetadas e “haverá tempo depois para muitas manifestações” e “par aos posicionamentos políticos”.

Numa atualização hoje da situação no terreno, o governo regional valenciano disse que foi reforçado para quase 700 “O número de profissionais destinados à retirada de resídos e lodo, em coordenação com as câmaras municipais”.

Segundo as autoridades, estão a ser retiradas diariamente das zonas afetadas pelas cheias mais de 3.000 toneladas de escombros e resíduos.

Fonte: Sapo.pt

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *