VAZAMENTO DE PROVA NACIONAL: ALUNOS DO 12º ANO EM RISCO DE REPETIR AVALIAÇÃO

Alunos do 12.º ano de várias escolas do país podem ser obrigados a repetir a Prova Nacional (PN) na disciplina de Inglês, realizada na manhã desta quarta-feira, devido a indícios de fuga de informação antes da sua aplicação. Em algumas escolas, foram encontrados estudantes na posse dos enunciados da prova antes do seu início. Suspeita-se de quebra de sigilo no processo.

Segundo informações avançadas por fontes do A Nação, a situação está a ser analisada pelas autoridades educativas e policiais, que tentam agora apurar a origem da fuga. Uma fonte do Ministério da Educação, sob anonimato, afirma que “para espalhar a prova é preciso ter acesso a ela, e quem teve acesso são os professores e os responsáveis das escolas secundárias”.

A mesma fonte denuncia falhas estruturais no sistema de ensino, apontando que, por culpa de políticas do Ministério da Educação, “saíram muitos professores experientes do sistema e entraram muitas pessoas sem preparação para ser professor, sem ética deontológica, para tapar buracos”, referiu.

“Quando se lida com professores de verdade, o comportamento é outro. Há muitos problemas”, acrescentou. O caso está a gerar alarme entre os alunos, sobretudo devido à possibilidade de repetição do exame, o que, segundo os mesmos, traria impactos consideráveis nas suas planificações académicas e emocionais.

“Quando soube desta polémica e o risco de repetir a prova, comecei logo a chorar, lembrando de todo o meu esforço nos estudos” relatou uma aluna da Praia.

No entanto, o Diretor Nacional da Educação, Adriano Moreno, confirmou esta quinta-feira que houve uma fuga de informação na Prova Nacional (PN) de Inglês do 12.º ano em, pelo menos, três escolas do país, admitindo a possibilidade de repetição do exame.

As escolas já identificadas são a Escola Secundária Pedro Gomes e o Liceu Domingos Ramos, na cidade da Praia, e o Liceu Olavo Moniz, na ilha do Sal.

“Estamos, neste momento, a averiguar os factos, a identificar os visados e a apurar responsabilidades”, afirmou Moreno em declarações ao A Nação.

Segundo o responsável, ainda não há indícios de que a fuga tenha ocorrido a nível nacional, mas o Ministério da Educação está em contacto com os diretores e subdiretores de todas as escolas secundárias do país, com o objetivo de avaliar a verdadeira dimensão da situação.

Moreno adiantou ainda que os alunos em causa terão tido acesso ao enunciado da prova através dos telemóveis e que partilharam o conteúdo com outros colegas.

O caso já foi entregue à Inspeção-geral da Educação, que está a conduzir uma averiguação “rigorosa e célere” com vista à clarificação da situação e eventual responsabilização dos envolvidos.

Fonte: Nação // Redaçao Tiver

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