Diplomatas dos EUA estão trabalhando em estreita colaboração com parceiros africanos, disse a Casa Branca na quinta-feira, em meio a uma nova trégua de 15 dias entre o exército e os rebeldes apoiados por Ruanda no leste da República Democrática do Congo. Especialistas no local dizem que estão prendendo a respiração, citando as terríveis consequências humanitárias da violência crescente nesta região frágil.
O governo Biden acredita que este conflito no canto nordeste do maior país da África Subsaariana “representa uma ameaça real à paz e à segurança globais”, disse um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional à VOA na quinta-feira.
No Congo, mais de 940.000 pessoas foram deslocadas este ano, segundo as Nações Unidas. E 7,3 milhões de congoleses — mais da metade mulheres — estão atualmente deslocados. O conflito é o culpado em mais de 80% das vezes.
Esta nova trégua, definida até 3 de agosto, visa acalmar o zumbido constante de violência que tem atormentado este canto rico em recursos do Congo desde o final dos anos 1990. Foi quando extremistas hutus com laços com o genocídio de Ruanda fugiram pela fronteira congolesa e começaram a organizar milícias ao longo das margens do enorme Lago Kivu. Essa violência se transformou em um banho de sangue que deixou milhões de mortos em todo o Congo em uma das piores guerras civis do século XX.
Várias rodadas de missões de paz das Nações Unidas não conseguiram interromper o ciclo de violência, que se intensificou novamente após as eleições violentas do Congo no final de 2023. Kinshasa acusa Kigali de apoiar um dos principais grupos combatentes, o M23, que é composto principalmente por combatentes do grupo étnico minoritário tutsi de Ruanda.
Fonte: Voa