O PAICV pediu hoje ao primeiro-ministro a demissão do ministro das Finanças, Olavo Correia. Com o argumento de que o vice-primeiro-ministro pactua com o escândalo da gestão danosa dos fundos do turismo e do ambiente.
Em conferência de imprensa realizada esta manhã, Armindo Freitas, membro do Conselho Nacional do Partido Africano da Independência de Cabo Verde e deputado da Nação, justificou o pedido de demissão em como Olavo Correia “demonstrou ser o todo poderoso” do executivo, omitindo informações ao próprio chefe do Governo.
O PAICV reforçou a denúncia com situações que considera gravíssimas como o “engavetamento de relatórios com graves irregularidades na gestão do dinheiro público, pelo ministro das Finanças, irregularidades essas com as quais ele compactua, face a não demissão dos gestores dos fundos e perante a sonegação de informações ao primeiro-ministro e ao Ministério Público”.
“O vice-primeiro-ministro afirmou [na audição parlamentar] que quando tomou conhecimento, há 15 meses, das graves irregularidades e ilegalidades na gestão dos fundos, não informou ao primeiro-ministro, o que demonstra a falta de articulação e que o Chefe do Executivo perdeu controle sobre o Governo que dirige”, elucidou Freitas.
Por isto, o maior partido da oposição foi claro em afirmar que Olavo Correia “não tem condições éticas, morais e políticas para exercer o cargo do ministro das Finanças, enquanto o guardião do dinheiro do Estado de Cabo Verde” e que cabe ao chefe do Governo demiti-lo “uma vez que não teve a hombridade de deixar o cargo pelos seus próprios pés”.
Outrossim, alega o PAICV, o ministro das Finanças além de recusar cumprir as recomendações e propostas da Inspecção Geral das Finanças, um órgão independente técnica e organicamente, tenta beliscar a imagem, a confiança e a reputação da instituição “procurando, maldosamente, lançar culpas aos auditores”.
Freitas, que se fez acompanhar da parlamentar Adélsia Almeida nesta conferência de imprensa, frisou que o vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças ao considerar de normais as situações de alegadas ilegalidades e irregularidades detectadas, justifica o porquê da não homologação a tempo dos relatórios.
Fonte: Inforpress // Ad: Redação Tiver