A porta-voz dos profissionais de saúde da Região Sanitária Santiago Norte estimou hoje em 90 por cento, a adesão no primeiro de três dias dos profissionais à greve nacional convocada pelos sindicados que representam a classe. Em Santa Catarina, com excepção dos postos sanitários de Achada Lém, Ribeira da Barca, Chã de Tanque e Telhal dos Engenhos, o hospital e centro de saúde estão a funcionar com serviços mínimos.
A porta-voz do grupo, Dália Monteiro, disse que neste momento a greve registou uma adesão de 90 %, quer a nível do Hospital Regional Santa Rita Vieira (HRSRV), quer noutras infra-estruturas de saúde a nível dos seis municípios que compõem a região.
A “adesão em massa”, segundo a médica ginecologista obstetra, demonstra que “as coisas não estão bem”, razão pela qual, acrescentou, pela primeira vez os profissionais uniram-se para levantar a voz e dizer que também precisam ser cuidados.
No caso da Região Sanitária Santiago Norte, apontou falta de pessoal, tanto de apoio operacional como de médicos de clínicos gerais e especialistas, sobrecarga de horário e falta de medicamento no mercado, sobretudo os essenciais.
Segundo disse, tendo em conta que os profissionais trabalham mais do que é permitido, alertou que a sobrecarga de horário, provoca o aumento de sono e de ‘stress’ os torna mais suscetíveis a riscos, não só de doenças infecciosas, mas como as doenças futuras como cancro, cardiovasculares e outras doenças crónicas.
Os demais cinco centros de Saúde dos municípios que compõem a região mormente São Salvador do Mundo, São Lourenço dos Órgãos, Santa Cruz, São Miguel e Tarrafal também estão a funcionar com os serviços mínimos.
Fonte: Inforpress // Ad: Redação tiver