AJUDA EM GAZA PODE COLAPSAR SE AGÊNCIA DE APOIO AOS PALESTINIANOS FICAR SEM DINHEIRO

Subsecretário das Nações Unidas para os Assuntos Humanitários avisa que corte do financiamento à agência de apoio aos refugiados alestinianos (UNRWA) pode fazer colapsar todo o sistema de assistência em Gaza. Israel confirma que tem inundado túneis do Hamas com água do mar.

As Nações Unidas fizeram novo aviso sobre as consequências de deixar a agência que apoia os refugiados palestinianos (UNRWA) sem dinheiro. O subsecretário da ONU para os Assuntos Humanitários sublinhou que o corte de financiamento pode fazer colapsar todo o sistema de assistência na Faixa de Gaza. 

Martin Griffiths considerou a suspensão dos fundos “perigosa” e salientou que tal decisão teria consequências profundas nos territórios palestinianos ocupados e em toda a região. 

“O mundo não pode abandonar o povo de Gaza”, alertou Griffiths. 

O coordenador da ONU para Gaza também já deixou claro que nada pode substituir a UNRWA. “Não há nenhuma forma de qualquer organização conseguir substituir a tremenda capacidade da UNRWA e o seu conhecimento da população em Gaza”, disse Sigrid Kaag.

Esta terça-feira, o secretário-geral das Nações Unidas esteve reunido durante duas horas, em Nova Iorque, com os principais doadores da agência e fez um apelo para que não se congelem os fundos. O encontro à porta fechada, que juntou 35 países, foi descrito por vários embaixadores como construtivo.

Israel também se opõe ao encerramento da agência. Segundo um funcionário do executivo de Benjamin Netanyahu, citado sob anonimato pelo Times of Israel, o governo israelita teme uma catástrofe humanitária em plena guerra.

“Se a UNRWA deixar de operar no terreno, poderá haver uma catástrofe humanitária que forçaria Israel a interromper a sua luta contra o Hamas. Isso não seria do interesse de Israel nem do interesse dos aliados de Israel”, afirmou o responsável.

As forças israelitas confirmaram, entretanto, que estão a inundar os túneis do Hamas  em Gaza com água do mar.  A Organização Mundial da Saúde já descreveu a situação no território como “infernal”.

Fonte: Euronews

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *