ASED-CV PREVÊ IMPLEMENTAÇÃO DA CARTEIRA PROFISSIONAL ESTE ANO

A presidente da Associação das Empregadas Domésticas de Cabo Verde mostrou-se “optimista” em relação a implementação da carteira profissional para ainda este ano visando melhorar as condições de trabalho e promover mais dignidade à classe.

Maria Gonçalves fez um balanço “razoável” do funcionamento da ASED-CV em 2023, indicando que tem trabalhado no sentido de uma maior divulgação da organização e na sensibilização das empregadas domésticas sobre a existência da mesma.

Avançou, que neste momento, cerca de duas dezenas de empregadas domésticas encontram-se a participar numa formação em matéria de cuidados e trabalhos domésticos, promovida pelo Instituto Cabo-verdiano para a Igualdade e Equidade de Género (ICIEG).

Maria Gonçalves apontou a atribuição da pensão social de velhice como uma das preocupações das empregadas domésticas, considerando que esta medida irá promover maior dignidade à classe e garantir uma velhice melhor às mulheres que ocupam a profissão.

A presidente reiterou que a maior reivindicação dos colegas é um “salário digno” para apoiar os filhos nos estudos e que sejam inscritos no Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), para que possam beneficiar de assistência médica e medicamentosa.

Adiantou, por outro lado, que a ASED-CV quer continuar a apostar muito na sensibilização e em acções de capacitação da classe, visando a inscrição de mais membros, que, por sua vez, irá contribuir no reforço da luta pelos direitos das empregadas domésticas.

Para este ano almeja que a implementação da carteira profissional das empregadas domésticas seja uma realidade, tendo neste sentido congratulado com os esforços que estão sendo feitos pelo Governo para a materialização desta iniciativa.

As mulheres representam 94 por cento (%) dos trabalhadores domésticos em Cabo Verde. As empregadas domésticas representam seis por cento dos trabalhadores activos no país.

A ASED-CV foi constituída no dia 29 de Julho de 2018, na cidade da Praia, tendo Maria Gonçalves sido eleita a primeira presidente. A organização conta com o apoio da Associação Cabo-verdiana de Luta contra a Violência Baseada no Género (ACLVBG) e tem um âmbito nacional.

Fonte: Inforpress // Ad: Redação Tiver

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