AUMENTO DE TARIFAS DE ELETRICIDADE NÃO RESOLVE PROBLEMAS- ADECO

A Associação para Defesa do Consumidor posiciona-se contra o aumento das tarifas de electricidade e defende que essa medida não vai resolver os problemas das operadoras e nem a sustentabilidade dos serviços públicos de fornecimento de energia eléctrica. As tarifas de electricidade da Electra e da empresa Água e Energia da Boa Vista para o consumidor final aumentaram de preços desde 01 de Janeiro, de acordo com a nova actualização da Agência Reguladora Multissectorial da Economia.

De acordo com a nova tabela, as tarifas de electricidade para a Electra S.A sofrem um aumento no Factor de Ajuste dos Custos com Combustíveis (FACC) no valor de 2,12 escudos /kWh faturado, em todos os escalões, enquanto para AEB, as novas tarifas sofrem um aumento de 3,57 escudos por kWh.

Esta posição foi defendida pelo membro da direcção da Adeco Marco António Cruz, frisando que os cabo-verdianos já pagam uma tarifa “muito cara” e que os consumidores estão insatisfeitos com o custo que pagam mensalmente pela electricidade.

No entender da Adeco, este aumento da tarifa não vai salvaguardar o equilíbrio económico e financeiro das operadoras [Electa e AEB] e nem a sustentabilidade dos serviços públicos de fornecimento de energia eléctrica.

Por isso, advogou que é preciso fazer alguma coisa para equilibrar o sector da energia para garantir essa almejada sustentabilidade, dado que, conforme defendeu, quem tem garantido e Electra são os utentes com o pagamento de uma tarifa elevada e com os impostos para cobrir os juízos anuais.

Em relação ao reajuste na AEB, cuja novas tarifas sofreram um aumento de 3,57 escudos por kW, o representante da Adeco questionou sobre as razões pelas quais os boavistenses têm que pagar mais caro do que as restantes ilhas, “quando existe no país uma política de uma tarifa uniforme”.

Fonte: Inforpress // Ad: Redação Tiver

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