O BCV alertou que a continuidade do leilão de depósito do INPS, nos moldes realizados, vai impactar negativamente nos rácios de liquidez dos bancos e por isso recomendou aos bancos a abster-se de participar. Num comunicado, este afirmou que só tomou conhecimento do leilão no dia 12 de Dezembro do ano transacto, depois de receber uma reclamação subscrita da maioria, ou seja quatro dos seis bancos participantes, no qual alegam “falta de transparência no processo e falta de comunicação aos concorrentes do regulamento do concurso para escolha dos rácios”.
No âmbito das atribuições de assegurar a solvabilidade e solidez financeira e garantir a estabilidade e funcionamento eficiente, disse que definiu um conjunto de indicadores “prudenciais” como a avaliação da qualidade dos ativos dos bancos para identificar potenciais risco, acompanhamento da posição de liquidez, destacando os requisitos mínimos de capital que devem cumprir.
Mediante esses testes e as reclamações recebidas, demonstraram, adiantou, que a continuidade dos leilões nos moldes realizados poderá impactar negativamente em alguns rácios dos bancos, nomeadamente os rácios de liquidez.
Ponderando os impactos negativos e eventuais riscos nas instituições classificadas de ligeira importância sistémica e que desempenham um papel “importante” no financiamento das famílias e próprio contexto pós pandémico, o BCV explicou que teve de recomendar os bancos a abster-se de participar nos leilões até que “medidas de mitigação dos factores de riscos” sejam equacionadas.
A edição 853 do jornal impresso A Nação deu a conhecer que o INPS resolveu recorrer a leilões para guardar os seus depósitos em bancos privados num total de 20 milhões de contos, sem pagamento de juros, acreditando que a alteração poderá render mais de 600 mil contos.
Em recção, a secretária-geral da UNTC-CS, Joaquina Almeida, defendeu a legitimidade do Instituto Nacional de Previdência Social em promover o leilão bancário e acusou os bancos de viver às custas dos contribuintes sequestrando os fundos do dinheiro público.
Fonte: Inforpress // Ad: Redação Tiver