Um técnico de conservação terrestre da Associação Biflores disse que o grupo tem produzido plantas endémicas e feito reflorestamento, mas manifestou grande preocupação com a proliferação de espécies invasoras que ameaçam as plantas endémicas.
Em entrevista a inforpress, Carlos Bango explicou hoje que ao longo de um ano da implementação do projecto “Melhoria do conhecimento e números de plantas ameaçadas da Brava”, financiado por Critical Ecosystems Partnership Fund (CEPF), sediado na França, foi possível fazer vários trabalhos de esclarecimentos, na ribeira de Fajã d´Água.
De acordo com este responsável, o projeto do aumento de conhecimento de plantas endémicas, nesta localidade, foi feito juntamente com a comunidade educativa, os agricultores e criadores de gados, no intuito de ajudar a aumentar o conhecimento dos mesmos.
“Fizemos a produção de plantas no viveiro, mas também foi possível fazer produção de oitos espécies, no canteiro, que fica situado em travessa de Fajã d´Água e todas elas foram introduzidas num terreno que estava em avançado estado de degradação.
No entanto, tivemos bons resultados, embora existam muitos factores que impactam o desenvolvimento destas plantas”, sublinhou.
Conforme salientou, existe espécie de seres invasores em abundância, principalmente o Carapate, Lantana Camada, ou Freira, como é conhecido em Cabo Verde, e muitas causas que têm estado a impactar as espécies endémicas na ribeira de Fajã d´Água, tendo estado até mesmo a “roubar” os seus habitats.
“A associação tem vindo a fazer alguns trabalhos em áreas que foram elegidas, contudo para intervirmos é preciso fazer um grande esforço de remoção de espécies invasoras, pois estamos a estudar uma maneira de fazer a extração, de forma sustentável, com a possibilidade de aproveitarmos as espécies intrusas e fazer outros trabalhos”, finalizou.
Fonte: Inforpress // Ad: Redação Tiver