Mais de um milhão de crianças e 31 mil professores não puderam retornar às suas salas de aula em Burkina Faso devido à violência e à insegurança. O anuncio foi feito pela UNICEF.
Cerca de 6100 escolas, ou pelo menos uma em cada quatro, foram fechadas no primeiro dia do ano letivo, disse a UNICEF.
A junta que tomou o poder num golpe militar no ano passado tem lutado para melhorar a segurança no país. Na verdade, os dados do ACLED, um grupo de monitorização de crises sediado nos EUA, mostram que a violência em todo o país só aumentou desde o golpe.
O Burkina Faso tem lutado para conter os insurgentes islâmicos ligados à Al Qaeda e ao Estado Islâmico, que mataram milhares de pessoas e deslocaram mais de dois milhões de pessoas no país, mais de metade das quais crianças.
Mais de 3,8 milhões de crianças no total ainda deverão regressar à escola no Burkina Faso, incluindo em áreas afectadas por conflitos, disse a UNICEF, acrescentando que está a trabalhar com autoridades e outros parceiros para ajudar a facilitar o acesso à educação, incluindo programas como aulas de rádio.
A violência faz parte de uma insurgência regional que também assolou os vizinhos Mali e Níger, onde o conflito interrompeu durante anos a educação das crianças num dos cantos mais pobres do mundo.
Fonte: Reuters