Os regimes militares do Burkina Faso, do Mali e do Níger anunciaram, neste domingo, 28, a sua retirada imediata da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), afirmando que se tornou uma ameaça para os Estados membros.
Os líderes das três nações do Sahel emitiram um comunicado dizendo que era uma “decisão soberana” deixar a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental “sem demora”.
Lutando contra a violência jihadista e a pobreza, os regimes têm mantido laços tensos com a CEDEAO desde que ocorreram golpes de estado no Níger, em Julho passado; no Burkina Faso, em 2022; e no Mali, em 2020.
Todos os três – membros fundadores do bloco em 1975 – foram suspensos da CEDEAO, com o Níger e o Mali a enfrentarem pesadas sanções, enquanto o bloco tentava pressionar pelo regresso antecipado dos governos civis com eleições.
Os três dizem que as sanções foram uma “postura irracional e inaceitável” numa altura em que os três “decidiram tomar o seu destino nas mãos” – uma referência aos golpes de estado que destituíram as administrações civis.
As três nações endureceram as suas posições nos últimos meses e uniram forças numa “Aliança dos Estados do Sahel”.
A declaração conjunta dos líderes acrescenta que a CEDEAO de 15 membros, “sob a influência de potências estrangeiras, traindo os seus princípios fundadores, tornou-se uma ameaça para os Estados-membros e os povos”.
Fonte: Voa