O governo sul africano decretou o estado de calamidade na região de Kwazulu Natal bastante afectada pelas chuvas e inundações. Mais de 400 pessoas morreram desde o início das chuvas na terça-feira.
O cenário é desolador na região de Kwazulu Natal, a mais afetada pelas chuvas que causaram centenas de mortos por inundações e deslizamento de terras. O número de vítimas mortais é actualizado diariamente, mas calcula-se que pelo menos 40 mil pessoas tenham sido afectada, entre pessoas que perderam casas ou acesso a água potável.
Aqui, o rastro de destruição é visível, com estradas e residências que não resistiram a fúria das águas.
A falta de combustível, electricidade e água canalizada também complica a vida de quem luta pela sobrevivência, segundo, Marta Mbuso, residente nos arredores da cidade portuária de Durban.
“Há muito tempo que não temos electricidade. Os nossos telefones estão desligados. A rede está desligada. Nós nem podemos nem velar pelos nossos entes queridos. A nossa comida estragou-se porque não temos energia. Com a covid-19 ainda a ser uma ameaça, nem podemos usar a água para lavar as mãos”, disse Marta Mbuso.
Com fortes chuvas que continuam a cair, o governo de Cyril Ramaphosa decretou o estado de calamidade na região de Kwazulu Natal e anunciou a alocação de 63 milhões de euros para uma resposta de emergência.
Fonte: Rfi