A apresentação do projeto sobre a mutilação genital feminina, pretende sensibilizar os potenciais parceiros, para ver como trabalhar esta temática em Cabo Verde. A diretora do Centro de Investigação em Género e Família na Uni-CV (CIGEF), Clementina Furtado, considerou durante a entrevista a TIVER, que para lidar com esta prática nefasta ainda é um desafio para os profissionais de saúde.
A Mutilação Genital Feminina, (MGF) passou também a ser enquadrada no Plano Nacional de Igualdade de Género do Instituto Cabo-verdiano para a Igualdade e Equidade de Género (ICIEG), através do Objetivo estratégico 2, de entre várias outras atividades promovidas por instituições, como o Centro de Investigação em Género e Família da Universidade de Cabo Verde, e da Alta Autoridade para a Imigração com o apoio do Fundo das Nações Unidas para a População- UNFPA. O projeto tem três componentes, conhecimento/intercâmbio, sensibilização, e a pesquisa, é o mais um produto de um grande projeto, o ICIEG é um parceiro que o CIGEF pretende mobilizar, segundo a diretora, Clementina Furtado.
Segundo esta responsável o projeto se encontra numa fase muito avançada, ainda não pretendem apresentar os dados feitos durante o estudo, contudo a partir de fevereiro vão estar no terreno para recolha de informações e verificar a incidência da mutilação genital feminina no país.
E a própria experiência da Guiné Bissau partilhada durante o evento é uma outra forma de trazer mais contributos de como trabalhar a mutilação genital feminina considerando já que estão numa fase inicial, e as experiências deste país ajuda a evitar o preconceito e a condenação para saber como intervir e sensibilizar.
Num caso concreto, a diretora do CIGEF, explica que a MGF afeta e tem afetado a saúde das mulheres e meninas, e o papel de um profissional de saúde, é saber lidar com esta situação.
O projeto surgiu em 2015 através de alerta de uma pessoa que já tinha trabalhado esta questão, com a retoma só a partir de 2022 com a realização de atividades em comemoração ao dia da mulher africana, e percorrendo em 2023 com as açoes de sensibilização e visitas de estudos.
Redação Tiver