Os combates continuam na capital do Sudão, Cartum, após um cessar-fogo temporário no domingo para responder às necessidades humanitárias, incluindo a retirada dos feridos.
Informações dão conta de perto de uma centena de mortos e mais de um milhar de feridos, segundo o sindicato dos médicos do Sudão.
“A paz continua a ser a única escolha viável para o povo do Sudão para evitar mergulhar o país numa guerra civil. Por conseguinte, apelo a um cessar-fogo imediato e a um acordo que conduza a uma cessação permanente (das hostilidades, Ed.)”, afirmou Abdalla Hamdok, antigo Primeiro Ministro sudanês.
Na origem dos confrontos está uma luta pelo poder entre o General Abdel-Fattah Burhan, comandante das forças armadas, e o General Mohammed Hamdan Dagalo, chefe do grupo das Forças de Apoio Rápido, RSF.
O comando militar do general Burhan já apelou ao desmantelamento das RSF, que classificou de “milícia rebelde”.
Diplomatas, incluindo o Secretário de Estado norte-americano, o secretário-geral da ONU, o chefe da política externa da UE, o chefe da Liga Árabe e o chefe da Comissão da União Africana exortaram os dois lados a pousarem as armas.
Os membros do Conselho de Segurança da ONU, em desacordo relativamente a outras crises em todo o mundo, apelaram ao fim imediato das hostilidades e ao regresso ao diálogo.
O Conselho Superior da União Africana apelou igualmente no domingo no sentido de um cessar-fogo imediato “sem condições”. Também pediu ao Presidente da Comissão da UA Moussa Faki Mahamat para “deslocar-se imediatamente para o Sudão a fim de envolver as partes num processo de cessar-fogo”.
Estados árabes com próximos do Sudão – Qatar, Egipto, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos – fizeram apelos semelhantes.
Fonte: Euronews