COMPOSITORES DEFENDEM “VERDADEIRA REMUNERAÇÃO” DA CLASSE

Os compositores Dany Mariano e Rui de Pina destacaram, por ocasião do Dia Mundial do Compositor, assinalado anualmente a 15 de janeiro. A qualidade das composições em Cabo Verde, e defenderam uma “verdadeira remuneração” da classe.

“Na minha visão, as composições em Cabo Verde sempre foram boas. Há pessoas que fazem com qualidade e há os que fazem sem qualidade, há o lado positivo e o negativo, os bons ficam para a história, sempre foi assim no tempo B. Léza, Eugénio Tavares”, avançou Dany Mariano, enfatizando que compor requer talento e gosto de escrever.

O autor, compositor e intérprete com cerca de 50 anos de carreira, lembrou ainda, em entrevista à Inforpress, que a música cabo-verdiana é internacionalmente reconhecida, e não vai cair em desuso, “assim como muitos defendem”.

Segundo Dany Mariano, em Cabo Verde não se tem muito esta percepção, mas, vincou, em outros países como Angola, Portugal e Estados Unidos, a música cabo-verdiana é ouvida por muitos.

Pois, conforme explica tiveram e sempre haverá influências, visto que somos um país criado por influências, agora devem ser bem usadas, e quando as pessoas atingem uma certa maturidade notam a maravilha que é a música tradicional’’.

O músico posicionou, por outro lado, que a Sociedade Cabo-verdiana de Música (SCM), conectada em grandes sociedades do mundo, tem prestado um trabalho de “mérito”, agora vale explicar, conforme comentou, que quando uma música não é muito tocada e nem cantada, mesmo sendo inscrito na organização o autor não terá boa remuneração.

Por seu turno, o compositor Rui de Pina afirmou que há muitos compositores cujas músicas são tocadas sem compensação, tendo considerado que a SCM tem dado passos, mas que ainda há muito trabalho a ser feito.

E que, futuramente, passam a ser compensados pelos trabalhos assim como noutros países, defendendo a criação de mais concursos aos compositores que, de certa forma, seria um incentivo.

O músico chamou também atenção aos intérpretes para fazerem um “trabalho profundo” do autor antes de subirem ao palco, porque, enfatizou, muitos desconhecem o real autor da música que estão a interpretar.

Fonte: Inforpress // Ad: Redação Tiver

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